27 de junho de 2009

Transcrições de Diário de Sonhos

Profecias da Memória

Noções do ego, o meu corpo o ser físico e o ser espiritual.

Notoriedades do agora, consciência temporal.

O que define e classifica tudo, a percepção humana e os elementos envolvidos.

Os contrastes, o bem e o mal, coexistência, simbiose.

As relações entre unidades de consciência

O absurdo do pensamento reflexo.

A teoria da percepção absoluta e individual.

Como isolar o ego, sem o desmaterializar

O silêncio
A sala de Espelhos
A verbalização
O tempo

O existente, influência das acções e decisões

A linguagem, interpretação das palavras

Poder dos media, aceitar o mal.

Vontade livre, relação entre religião e leis universais físicas.

Inibidores de memórias , inibidores reflexos nos sonhos.

O momento perfeito, o cinema como método de observação.

O sentido e o significado, a vida e o mundo como o seu próprio sentido e significado.

Sair de uma sala para entrar noutra, saber apreciar a sala.

O sonho, consciência onírica.

As formas platónicas, e ding an sich. Essência?

Amor, platónico por definição e por filosofia. pederastia grega.

A verdadeira forma da beleza, a sua procura e relação com o amor, a imagem reflectida da beleza. (superfície)

A teoria da consciência onírica como vida-pós-morte . acreditar por conforto? acreditar subconscientemente?

...

25 de junho de 2009

Exílio

Espelhos da lua caiados
Tentam a amargura
Imaginar os teus traços contornados
Reflecte a minha loucura
Esses paraísos sensoriais
De que abstractos não são mais
Continuam-me a deslumbrar
E um amor por ti acordar
Realmente na tua razão reflectir
É a iluminação que quero sentir.




A palavra é provavelmente o maior dom que o ser humano tem, e o seu poder é infinito, as possibilidades inesgotáveis, os versos, esses guardam o poder de transmitir os derradeiros sentimentos, no auge do pensamento. Mas esse poder, só existe em quem os lê, sem aquele que observa as palavras conjugadas num lindo fluxo, estas seriam frias e àsperas. Leva-me ao desespero aqueles que subestimam o poder das palavras.


Promete-me que nunca dirás nada em vão.

18 de junho de 2009

Medo

A verdade é que não havia nada a temer, agora mergulho num rio e todas as imagens que vi nadam comigo, musas e demónios. Ouço os doces trompetes celestiais, misturando sonhos com fogo, tudo acontece em sobreposição. Furacões de nébulas e estrelas, circulam num frenesim de luz entorpecido pelas mais poderosas leis universais, à volta do buraco negro supermassivo no qual me senti em perfeita anti-gravidade, onde estás? corre a floresta, encontrarás o rio que flui ao contrário, sobe a montanha, com esperança de retornar o tempo. Deixa-te levar pela corrente, o sangue sempre sabe o melhor destino, e acredita ao luar vislumbra-se negro como se reflectindo o véu da noite, agora tudo se descobre e revolve na imaginação caleidoscópica. Enfrenta agora os portões infernais da loucura, o truque é não pisar os prados que se avistam dentro deles.



quem reflecte estas palavras tem certamente o olhar no vão da cor do céu.

a existência recompensa, acreditem. Como deixar cair suavemente àgua de uma jarra num lago.

eu sou. existo.

16 de junho de 2009

Areia


As areias do tempo são infinitas.
Qual o objectivo de as ver cair, senão viver à sombra da espera.


Mudando de assunto. Uma sinfonia, é tocada nota a nota, seminima a seminima, cada vibração é arqueada com a seguinte, assemelha-se a uma dança entre sons. Mas a grande beleza de uma sinfonia, é que é ouvida enquanto existe, durante a sua concretização musical o tempo para, e dá lugar ao universo criado pela melodia, e parece não ter fim, até que inevitavelmente, acaba. Não trabalha por objectivos, de chegar a certas notas, tudo é importante na sinfonia, o fim não é mais importante que o principio ou o meio, é tudo uma dança, tem que ser salteada conscientemente, no tempo presente.

Digo o mesmo à cerca da vida.

Tudo é infinito se conseguires ver a areia que cai.

15 de junho de 2009

Les Etudes Brillantes

Agora rescrevo a primeira página do meu diário de sonhos. (este tem uma figura feminina desenhada entre as linhas da página, o papel é quadriculado e tem uma estrutura rompida por caos de um louco, cheira a papel velho e a tabaco, tem a capa desgasta e manchas de café no perfil das páginas)


Diário de sonhos, guarda no tempo a minha memória, preserva na escrita os meus sonhos a minha história.
Na tua áspera qualidade rasgam pelo espaço gritos e palavras, sustos de loucura, momentos de ternura, traços a carvão, música e cor, em linguagem tudo se concretiza e fala.
Leva-me tudo, todas as frases soltas em balanço e versos ponteados pelos dedos de uma musa. Dei-te a alma, ofereço-te a razão desmedida , leva-me tudo , leva-me a vida.

Guarda-me os sonhos poesia

7 de junho de 2009

Traço Feminino


Um artista, pode ser definido de muitas maneiras, mas uma características por todos aqueles que vivem da arte , vendo em tudo um pouco dela. È a insaciável procura pela beleza, o artista observando beleza cria-a, e criando a beleza observa-a. Mas o que realmente procura o esteta, mesmo tendo consciência do impossível, este procura a perfeição. O artista traça uma linha, traça duas, três quatro, cria uma peça, ele dá um retoque à sua obra, e pensa sempre em melhor, pode ser melhor, onde estás perfeição , sinto-te perto. A conclusão que me conforta, é que a perfeição não pode ser melhorada, sendo já perfeita, e então vendo as tuas linhas, nenhum pincel ou lápis te poderia aperfeiçoar.

Corpo Perfeição, Vida Perfeição.

2 de junho de 2009

Íris

Diz, toda essa beleza e enigma
Está, e é! preservada no tempo
Em todo o espaço e energia circundante
tudo estremece e pára.
Por uma acção tão simples, e natural,
Mostrada a cru e a nu, para os olhos de quem se destina
Tudo culmina num silêncio partilhado e total.
Nesse gesto tão puro jaz um poder massivo
E no momento em que tudo parece desaparecer
Uma imagem é sentida para sempre
Observando, a íris revolve e reflecte os pensamentos num círculo de luz
Numa eterna jução, um olhar é.
Hem, o Rique