25 de outubro de 2009
Fuga
Uma música, entrelaçar de cordas e tonalidades sobrepostas, acariciando-se mutuamente, amantes; cada instrumento foge do outro sem sair da mesma pauta que sustenta a loucura de cada um. Quem conseguir todas as partes da fuga escutar, entrega-se à insanidade perpétua, êxodo eterno da realidade, viajando nem pelo tempo nem pelo espaço, essas são âncoras fictícias, amarram à mão do louco uma pena encharcada de tinta viscosa, pesada. Ficando cego, o fugitivo ouve pormenor, cada som independente do som em si, uma música deixa de ser uma, mas infinitas composições, todas sem horas, entram pela noite adentro sem tento nas imagens que provocam. Cada nota aqui, vale o que soa.
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(de facto, são muito naturais, então nos franceses!! e adoro isso :) sim, é de uma musica do Roberto Carlos ahah) estou sem tempo, depois volto aqui para ler :)
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ResponderEliminarFelizes os que ouvem o "entrelaçar de cordas e tonalidades sobrepostas". Um grande prazer.
ResponderEliminarsempre acreditei que apenas o autor podia escutar a natureza despida da melodia, e por vezes nem mesmo o autor compreende as raízes da sua obra.
ResponderEliminara cegueira apela ao som, torna inconstante o imutável.
mas, talvez aquele que apenas seja dotado de tacto seja o que ouve e vê melhor do que todos os outros, que lutam pelo melhor lugar na plateia do mundo.
(valem muito)
sukhanov
cegos somos todos (ou quase todos), ou muitas vezes vemos até a uma curta distância que não ultrapasse a linha de horizonte do nosso umbigo.
ResponderEliminaras imagens são do filme la vie en rose, biografia da edith piaf, e interpretam a altura em que edith iniciou a sua carreira cantando em cabarets com o nome de môme piaf.
actriz: marion cotillard
está um vampiro no espelho.
ResponderEliminar(: acredito, acredito, mas só quando te vir fumar é que posso dar o meu veredicto.
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