É dificil para mim pensar no quer que seja como uma possível grafia, acho que a única verídica grafia foi recordada apenas da memória de quem a imaginou. A partir do momento que a oportunidade de movimento surge, a escrita morre, e consideremos o acto da fala como uma vibração de elementos que eu gosto de classificar como movimento.
Nota, deixar de me impor como modelo da humanidade, imponho-me a mim próprio, e acho isso suficiente, hoje gritei na rua:
-SÃO TUDO MENSAGENS SUBLIMINARES!
uma pessoa de óculos de sol que passeava o seu bebé respondeu-me adiante alguns momentos de silêncio.
-A mensagem era para mim?
Meu querido senhor, "A mensagem é para quem a quiser ouvir".
daqui a ideia de que nem todos querem pensar como eu , ou como ainda outros pensam. E que assim seja, estou disposto a contar histórias a quem desejar ouvir e ver o que digo.
o jogo entre a tradução permanente de pensamentos e línguas é realmente uma mensagem, talvez não subliminar, mas sublime.
A falar, desmaterializo a poesia, e se apenas nesta alimento a sede de prazer, miséria, loucura, a razão de falar torna-se em termos teóricos absurda, em termos práticos insignificante. Gosto de viver com o absurdo e acho que não existe significância, por isso falar, além de desmaterializar a poesia, de aniquilar as suas bases e dogmas (subliminar), concretiza cada movimento, cada oscilação de todo este naco de energia, cada pensamento, cada morte e vida, cada folha, cada livro, cada cada, tudo, tudo e mais se torna, e sempre foi poesia.
O pano desta encenação não é negro, mas translúcido, o acto nunca realmente acaba.
8 de dezembro de 2009
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É mesmo à Henrique... :)
ResponderEliminarEu desejo muito continuar a ouvir as tuas histórias....
Gostava de te conhecer um dia :)
ResponderEliminarCada cada, tudo tudo...
Obrigada pelas palavras. Eu as queria ler, tal como a mensagem.
Porque estou diferente?
ResponderEliminarObrigada pelo conselho, eu vou fazer um esforço para nunca mais pensar em fugir ou a negá-la, pois ele existe e nós fazemos parte dela, logo temos que saber reconhecê-la e lidar com ela.
*ela
ResponderEliminarSim, apenas ser.
ResponderEliminarPois, é capaz. Mas acredito que seja diferente pelo facto de aquelas frases serem escritas a pensar numa única pessoa, é escrito para essa pessoa. Por isso ser diferente, penso eu.
Estava com saudades desta comunicação.
assim como qualquer outro ser.
ResponderEliminarnão pude deixar de imaginar o teu momento com o senhor sem deixar escapar um risinho ao tentar ver a reacção do mesmo.
como pode existir absurdo e significância não?
se um existe, tem que existir necessariamente o outro, isto se os considerares antónimos.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarnão precisas de pedir perdão, aliás, nem percebo porque o fazes.
ResponderEliminar'tudo e mais se torna, e sempre foi poesia.'
ResponderEliminarGostava de ouvir histórias destas todos os dias.