28 de outubro de 2010

dia de sol

Deus não vive nesta casa, nem na vossa nem na minha.
Deus é um sem abrigo e nós a puta da sociedade que lhe dá uma parca esmola quando o prejuízo não é grande.


imaginem agora um querido filósofo a gritar numa igreja. palavra de ordem!

5 comentários:

  1. mais que o texto em si, acho interessante o título que lhe dás e como se relaciona com o conteúdo. quando escreves algo ambíguo é com o título que tenho um glimpse da tua própria interpretação.

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  2. oh well, braga does have tons of churches mas, em minha defesa, não sou exactamente de braga. acho que nunca entrei em nenhuma (talvez excepto em casamentos e baptizados).

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  3. Ciência & Deus são ambas crenças e as diferentes "igrejas" são políticos de uma outra espécie.

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  4. O ódio é o sentimento que mais questiono e que mais me atrai.
    Não o consigo compreender verdadeiramente, e por vezes penso que é um sentimento que oferece poder, juntamente com uma existência vazia. Depois penso que simplesmente nos transforma em "torres de marfim".
    Já cheguei inclusive a acreditar que existir através do ódio, era uma existência segura, mas afinal o ódio é apesar de tudo um sentimento, e por isso mesmo o ódio é impulsivo e humano.

    Apenas uma existência desumana, sem sentimentos, é segura e vazia. E agora penso apenas que o ódio é uma metamorfose do sofrimento, uma vez que este é a outra face do amor.

    Quando escrevi o comment anterior, também não tinha por intenção suscitar nenhuma discussão de teologia. Foi apenas a exposição do primeiro pensamento que me ocorreu depois de ler o teu texto.
    Até porque, cada vez mais penso que existem assuntos que não são discutíveis, uma vez que dependem da verdade que uma pessoa vê, e esta não existe. Sendo portanto impossível chegar a um consenso, ou a uma conclusão.

    No entanto questiono-me se será possível chegar a alguma conclusão sobre qualquer tema, uma vez que todos dependem da verdade, qualquer que esta seja.

    Ultimamente penso bastante na nossa conversa sobre o exílio e o suicídio.
    Questiono-me como seria o exílio, se sentiria aquela sensação agradável de controlo sobre o eu e a vida, e a sensação de que não existe tempo ou humanidade, apenas a natureza.
    Ou se apenas me iria sentir ainda mais só, e compreender que o exílio é apenas uma tentativa fuga de um medo e de o eu.
    Penso que (talvez) o exílio e o suicídio sejam apenas demonstrações de solidão e de receio de arriscar, formas de nos sentirmos realmente sós e de sofrermos. Porque o sofrimento implica menos esforço que a felicidade e porque o sofrimento pode ser utilizado como desculpa para o vazio e a inércia.

    Sinto que existem tantas questões e tão poucas respostas, e que o mesmo ocorre com o desejo e a vida, e com as memórias e o presente.

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