3 de julho de 2011

Quartos

Imensos choros e gritos de prazer ecoaram dentro daquelas sete paredes surdas.
Sala disforme.




Aqueles cuja única ambição é não querer morrer.

9 comentários:

  1. Em criança acreditava que o quarto era o nosso auto-retrato.
    Agora penso nele como um confessionário.

    Todas as histórias sobre o homem em busca da vida eterna, terminam com a compreensão de que esta é algo contra-natureza e cuja possessão só traz infortúnio.
    O Homem nunca reconheceu à imortalidade benefícios, e no entanto não deixa de a desejar secretamente.

    Também admiro bastante o nu, em particular na fotografia do séc. XX.
    Contudo, a nudez e o sexo adquiriram, na sociedade actual, alguma vulgaridade.
    Eu penso que o autor sente saudade dos encontros junto da fonte, do toque fugaz das mãos e da linguagem dos leques.

    É curioso que, mesmo aqueles que não acreditam em Deus, escrevem o seu nome com letra maiúscula.

    O facto da revolução se encontrar no meio de Deus, recorda-me que muitos usam o seu nome como justificação para as atrocidades de que são causa ou testemunha.

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  2. Por vezes, penso que as pessoas se concentram demasiado nele.

    Fiquei em dúvida se deveria dizer isto ou não, porque esta maldita informática dificulta bastante a apreensão das emoções da pessoa com quem estamos a falar.

    De qualquer forma, espero não te ter ofendido com a minha afirmação, se assim fiz, não foi com intenção.

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  3. Ambicionar não querer morrer? Ou ambicionar não morrer? Caso seja a primeira, a palavra «ambicionar» implica um desejo ainda não concretizado, o que me leva a pensar que o estado de espírito d'«aqueles» que ambicionam o que escreveste seja, efectivamente, morrer. But then again, caso seja a segunda hipótese, o sentido é exactamente o contrário, o que me leva, por consequência, a uma outra interpretação contrária das tuas palavras. I might be in a situation where I recquire enlightment.

    Henrique e Deus, e a revolução, e Deus, e o Henrique. Se não tivesse já discutido religião contigo, mesmo que já há algum tempo (não acredito que tenhas saltado para outro extremo), não saberia bem como interpretar tamanho aparente fanatismo.

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  4. O meu gosto musical é um vasto conjunto de músicas, e não uma selecção de cantores/ compositores.

    No entanto, existem músicos que realmente aprecio e cuja obra me cativa na sua totalidade, como acontece com Satie.

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  5. Gostaria de me conseguir explicar melhor, mas o pensamento está a ter dificuldades em traduzir-se para palavras.

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  6. E para além disso eu encaro as músicas como livros sonoros, se a mensagem transmitida for oca, não interessa quem foi o escritor.

    Por isso, prefiro a música clássica. O instrumento diz muito mais do que a voz.

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  7. Um dia gostaria de ouvir a tua música.

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  8. Não é necessário escrever música para que esta seja tua.

    Ser compositor é uma forma de possuir a música, mas ao tocares a música de outrem também a possuis.

    Conheço uma pianista que costumo ouvir e a forma como ela interpreta a música que toca é diferente dos outros pianistas, logo a música pertence-lhe, no sentido em que só ela toca determinada música de determinada forma.

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  9. Escrevi em inglês porque quis ser fiel ao meu pensamento.
    Quando narrei a história interiormente, fi-lo em inglês.

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